quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A cidade que eu moro

A cidade que eu moro

Minha cidade mistura-se ao verde e ao pôr-do-sol,
O vento varre a cabeleira das árvores, carrega perfume das flores,
E desalinha os meus cabelos; nem escolhe estações.
Há construções antigas, sépias, pedindo socorro para sobreviver
e as construções novas respiram luzes e cores.
A cidade que eu moro é uma pintura pendurada na parede do tempo, onde cada um usa o seu pincel com a cor que lhe convier.
É uma vastidão de terras, divididas e subdivididas, ora naturais, ora cobertas pelo negro piche, asfalto em suas divisórias meio fio.
Às vezes eu olho e vejo que tem até céu no chão.
Aqui, os pássaros não têm hora para cantar, às vezes na madrugada ouvem-se alguns, aproveitando o silêncio para suas declarações de amor.
Há quintais com jabuticabeiras e as mangueiras frutificam nos canteiros das ruas.
Minha cidade tem igrejas de todos os credos, pessoas de tonalidades díspares, como as flores.
O meu mundo é muito simples, quisera eu que a minha cidade fosse harmoniosa como um presépio de Natal.



Raquel Ordones
Uberlândia MG  

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