Manifesto silente
Gritos de saudades calam na
espreita,
No alvoroço de sentimento acordado,
Há um querer que ausência não
aceita,
O desejo em fios por dentro é
bordado.
Lágrima que dimana e flui sem
tristeza,
Lábios que movem avocando pelo
nome,
Queima na tez uma brasa
sempre acesa,
O brado de arrepio no corpo
com fome.
Implorando toques, o anseio
evidencia,
Estouro de bel-prazer no
canto se abafa,
O ser fala mudo:_Permita-me
ser alfafa.
Falta a vista, falta carícia,
sobra poesia,
É vago o encontro, vaga a troca
visceral,
E é faltoso o acomodar
anatômico, literal.
ღRaquel
Ordonesღ
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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