terça-feira, 12 de dezembro de 2017

sobre ela...

Sobre ela...

 Chuva, seu espetáculo favorito,
Bonito é querer, o ignoto a instiga,
Abriga na alma um alento infinito,
Quesito mor: no coração, cantiga.

 Briga não... Sabe que uma estrela a espera,
Primavera sempre está no seu inverno,
Seu interno habita gigantesca fera:
_Era uma vez... Um céu com tanto inferno.

Moderno estilo; idade nem é tanto.
Espanto: a voz era meio demônio-anjo,
Banjo no ouvido e por todo canto

Manto de sensatez; zelo em arranjo,
Esbanjo de sorriso quase encanto,
Meio santo-pecado, puro, marmanjo.


Raquel Ordones #Ordonismo
Uberlândia MG 12/12/2017

domingo, 26 de novembro de 2017

A mulher que roubava canetas

A mulher que roubava canetas

Ela era meio franca e muito forte,
De norte içado ‘prum’ céu brilha lua,
Na rua espinhos, dentro flor e corte,
De porte especial, verdade sua.

De nua alma, sorriso branco, pulso,
Repulso à quem chegar sem moral,
Varal delicadeza, nada impulso,
Avulso viver, modo atemporal.

É canal de amizade, zelos e arte.
Parte pétalas para as borboletas,
Violetas na tez, aqui ou até marte.

Descarte, folhas secas e obsoletas,
Roleta vida em fé, não desaparte,
Faz parte: a mulher roubava canetas.


ღRaquel Ordonesღ  #Ordonismo
Uberlândia MG - 26/11/17

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Amor não faz sofrer o coração


Amor não faz sofrer o coração

Então, se sofre há algo muito errado.
Sagrado é o amor se nele mora,
Embora longe; ás vezes calado,
Separado, ele nunca sai ou vai embora.

Sem hora o sentimento; ele é forte,
Dá norte, traz pra gente uma saudade,
Sem maldade vem; há quem não suporte,
O corte é fingir, foge a verdade.

Lealdade em sentir; e tão absoluto,
Fruto que nasce em gomo de feitiço.
Viço que em nada deve ser poluto.

Indissoluto; causa reboliço.
Postiço; o não afeto é algo bruto,
Fajuto faz sofrer e é mortiço.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG – 15/11/2017


domingo, 12 de novembro de 2017

Ré feição

Ré feição

Pincel; meu coração te delineia,
Veia, tinta, perfeito o tal painel,
Céu do teu olhar que o meu, só devaneia,
Desnorteia-me em teu rumo sem véu.

Papel pele, sensível esperneia,
Nua teia cobre-te por meu léu
Rapel, contorno; a boca que tateia,
E proseia silêncio, assim pinel.

Anel nos lábios numa paz chuleia,
Entremeia sentires  a granel,
E num tropel de cores que gorjeia.

Cheia lua, alma, pulso é corcel,
Tendel na carne, feito sol na areia,
É ceia de nós; templos e motel.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG – 11/11/2017




domingo, 22 de outubro de 2017

Escre(vi)ver


Escre(vi)ver

No mundo de mim, tanto sentimento.
Vento forte em querer e de ousadia,
A poesia aqui, em assentimento,
Sem lamento, viagem fantasia.

Alegria e tristeza no papel,
O céu desce, o chão sobe; uma loucura,
A ternura borbota feito mel,
O fel da angústia nunca mais tortura.

A soltura de versos e entrelinha
Linha de verdade por tanto amar
Voar em pensamento; desalinha.

Minha saudade, meu eu no meu calar,
A pintar avesso, o lápis se alinha,
Uma palinha aqui pra me acalmar.

ღRaquel Ordonesღ  #ordonismo
Uberlândia MG 22/10/2017


sábado, 21 de outubro de 2017

Lixeiro


Lixeiro

Correndo pelas ruas; trança-trança.
Lança-se seguro ao caminhão,
Desce e sobe cidade inteira avança,
E se cansa. Chão ao alto, alto ao chão.

É ação permanente, noite e dia.
É ousadia em rir cantarolar,
Passar um tanto célere, judia,
Desafia; o seu corpo a difamar.

Ilustrar seus caminhos, assim faz,
É cartaz. Limpa tudo no capricho,
Tem buchicho: é coisa que lhe apraz?

Atrás da condução com ganho micho,
É nicho com mau cheiro, tão mordaz,
Putrefaz valor, coletor de lixo.

ღRaquel Ordonesღ  #ordonismo
Uberlândia MG 21/10/2017

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

A poesia faz bailar as letras


A poesia faz bailar as letras

Borboleta ao vento qual bolero,
Esmero, carimbó, saia, veneta,
Careta d’um funk, nem enumero,
Severo balé, passo, silhueta!

Letra que valsa em versos; destempero,
Libero a mente, sambo em etiqueta,
É cagueta entrelinha, em salsa espero,
Lero com frevo, linhas, pirueta.

Sineta pagodeia, em xote impero.
E reintero com verbo ‘break’, baqueta,
Faceta de forró; zumba; eu exagero.

Quero tango em poema violeta,
Greta d’alma dança, não pondero,
É vero: jaz-me jazz, rege a caneta.

Raquel Ordones  #ordonismo
Uberlândia MG 19/10/2017




segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Tanto, tanto que as teclas desbotam...


Tanto, tanto que as teclas desbotam...

Recursivo eu, quando ao digitar-te.
Gostar-te é meu verso intransitivo.
Objetivo maior meu: deleitar-te,
‘Start’ no coração; superlativo.

Adjetivo à ti, nunca me falta,
É pauta; na minha alma substantivo,
Seletivo de mim, minha tez salta,
Assalta-me víscera em coletivo.

Afetivo meu e teu num esbarrão.
É emoção, botão apagado; ativo.
Paliativo não. Nós, profusão.

Ação de corpos. Corpo a corpo: vivos!
Abrasivos: ideia e sensação.
Digitação e sentires, taxativos.

Raquel Ordones  #ordonismo
Uberlândia MG 15/10/2017



sábado, 14 de outubro de 2017

Um palco giratório vive em mim


Um palco giratório vive em mim

É cedo; amarrotada em travesseiro.
Primeiro raio em sol mostra segredo,
Medo não tem; descalça ao banheiro,
Chuveiro me demuda: extrai-me o azedo.

Dedo do dia à cara me aponta,
Pronta? Precisa agir em outra cena,
Pequena sinto, o mundo me faz tonta,
E desmonta-me a cada instante; pena.

E serena me finjo noutra ação.
Portão se abre e eu tablado de jasmim,
Jardim, ora murcha, ora floração.

Então, lá fora tantos eus; sem fim,
Em mim o palco gira: apresentação,
No vão venho e vou, pois sou sempre assim!

Raquel Ordones  #ordonismo
Uberlândia MG 14/10/2017

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Crescemos sem tantas respostas


Crescemos sem tantas respostas

A proposta seria a meia verdade,
Crueldade! Prendiam as respostas!
As costas davam. _Eles não têm idade!
Sinceridade? São regras impostas!

Expostas as perguntas; sem retornos,
Contornos para não cair no exame,
Reclame? Nem em forma de subornos!
Em torno disso, tem sempre um certame.

Enxame de porquês e indagação,
Explicação? _A metade recebemos,
Erguemos assim, nessa construção.

Uma urbanização; conceitos temos,
Adolescemos; dúvidas então.
Educação? Foi assim que nós crescemos.

Raquel Ordones  #ordonismo
Uberlândia MG 13/10/2017



quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Borboleta

Borboleta

É leve, transparência. Da janela,
Bela, de exuberância muito breve,
Atreve-se aos ventos e procela,
Na viela, nas matas, poeta escreve.

Deve cuidado; pois é preciosa,
A rosa agrada e abona com essência,
Em existência célere e garbosa,
Silenciosa em sua permanência.

É urgência em viver, na brisa dança,
E balança no espinho, ora nos galho,
No orvalho sem receio ela se lança.

Trança lufas, nas flores do retalho,
Entalho em lenha; rima à mudança,
Em andança marcante, chão e carvalho.

Raquel Ordones  #ordonismo
Uberlândia MG 12/10/2017


sábado, 7 de outubro de 2017

Devorando livros

Devorando livros

Mas o livro era sobre o que? _Não importa.
Torta, animais; gibis; lutas; didático.
Pragmático ser, seu mundo transporta,
E corta a estupidez; ora lunático.

Prático viver; ler é alimento.
É sustento da mente, bel-prazer,
Crescer em escarcéus de entendimento,
Vento astuto bem antes de morrer.

Saber era vício, uma enciclopédia,
Média? _Não, muito, muito acima dela!
Janela para o mundo, fora acédia.

A comédia com garfo ou colher mela,
Zela à oração se é tragédia,
Em sédia: feijão e livro na panela.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG 07/10/2017



quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Adormeço...

Adormeço...

Estendo teu carinho; meu lençol.
Caracol, teus cabelos: travesseiro,
Cheiro de sonhos fisga qual anzol,
Bemol na voz, olhar bem feiticeiro.

Primeiro, a blusa ponho num encosto,
Rosto de uma expressão muito feliz,
O nariz empinado bem a gosto,
Exposto corpo; sou uma flor-de-lis.

Miss em desfile, tênue facho em luz,
Nus eus nas mãos do sono, paraíso.
Deslizo na fragrância que seduz.

Capuz da alma eu desato, é preciso,
Improviso-me abrigo; paz conduz,
Reduz abalo, durmo em teu sorriso.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG 05/10/2017



segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Soneto para o vovô


Soneto para o vovô

Da flor, uma semente, se ergue flor.
Amor dobrado, se isso é possível,
Incrível o botão, quanto calor,
Louvor. Perpetuar é indizível.

Visível alegria; gratidão.
Emoção descabida, um vendaval,
Anormal está, foge a explicação,
Coração fica tolo e colossal.

Portal se abre; de novo se abre, enfim,
A fim de uma porçãozinha do céu,
Carrossel de brinquedo e doces, sim!

O jasmim no varal. Chupeta, mel,
Véu cobre o sono. É seu querubim,
Timtim, vovô! E não fique pinéu!

Raquel Ordones #ordonismo



Uberlândia MG – 28/09/2017

domingo, 24 de setembro de 2017

Cotidiana (mente)

Cotidiana (mente)

Nos cafés das manhãs, nosso carinho,
Desalinho de nós, nossos cabelos,
É novelo de versos, lençóis, ninho,
Selinho em verbos. Ah, é tão bom tê-los.

Pelos eriçam, cheiro de café,
Pé descoberto; sonhos, odes trufas,
Pantufas quentes, chá, nosso chalé.
Cabaré: come e bebe. Nossas lufas.

Bulhufas se o sol abrolhou, ou se chove,
Move em nós alimento; só sabor.
Calor nas gotas; é nós, raios love.

Prove-me. Aprovado está em seu ardor,
Flor que rima nossa mesa. São nove.
Sove seu dia ao meu, o nosso humor.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG 23/09/2017



terça-feira, 19 de setembro de 2017

Nas asas da poesia


Nas asas da poesia

Pena? _Não. Só há uma ventania,
É fonia por dentro: quente e amena,
Acena imaginar em demasia,
Histeria de verso; desordena.

E despena minha alma, extrai e copia,
Seria o tal plainar em linha e cena.
Arena em flor, pecado, ave-maria,
Iguaria de anseio, até obscena.

Terrena, célica essa tal sangria?
Periferia ou centro nada apequena,
Plena, absoluta. Late, uiva e pia.

E teoria alguma aclara; epicena.
Morena que avassala; a poesia,
Arrepia. Versar: voo que aliena...

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG



foto: Greg Ordones

arte:  Dequete

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Ninguém pode com esse tal bebê...

Ninguém pode com esse tal bebê...

“Dorme neném que o bicho vem pegar.”
_Azar, pois pode até se arrepender!
E fazer o que? Eu vou lhe amedrontar!
Calar? _Isso não irá acontecer!

Entender a mamãe, nem está dando mais,
Aliás: esse bicho não existiu,
#Partiu realidade.  É demais!
Ademais, meu amiguinho não viu!

Riu! _Também não há boi da cara preta!
E careta melhor não tem quem faça!
É massa essa crendice, tão obsoleta!

Porreta mesmo é a cegonha, passa!
Graça alguma! Mamãe dá a chupeta?!
Na gaveta. Cuidado, olha a pirraça!

Raquel 0rdones #ordonismo
Uberlândia MG





domingo, 17 de setembro de 2017

A cor dar

A cor dar

Então, quero acordar toda manhã,
Com a maça do rosto suculenta,
_Aumenta o som e escute: é Djavan,
Eu sou fã de café, mas não requenta.

E venta pela fresta da  janela,
Ela-me nesse mundo que sorri,
Li e espanca-me o poema de Florbela,
Na estampa do pijama, um colibri.

Vi nos raios do sol lampejo luz,
E seduz-me a inspirar em demasia,
É ventania em mim, ninguém traduz.

Conduz acendimento de magia,
É alergia. Espirra verso, induz,
Capuz da alva, borrifo poesia.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG - 17/09/17




sábado, 16 de setembro de 2017

Xuxu


‘Xuxu’

E seria por ser assim sem gosto?
É um rosto enrugado tal e qual?
Num varal, trepadeira no seu posto?
O desgosto em provar é sem igual?

 É sem o sal, tempero, silhueta?
Nem malagueta traz o paladar?
Degustar para quem é de veneta?
Caneta na receita a rabiscar.

E chamar de ‘xuxu’, o que isso me diz?
Infeliz elogio ou xingamento?
Pensamento maduro ou é aprendiz?

Fiz avaliação; arrebitei nariz,
Eu quis saber mais sobre o tratamento.
E reinvento-me; foi afago: feliz.

Raquel Ordones  #ordonismo


Uberlândia MG  16/09/17



quinta-feira, 14 de setembro de 2017

" ‘Só lhe dão’ se você aceitar "


" ‘Só lhe dão’ se você aceitar"

E na cabeça existe uma guerrilha,
Uma vasilha farta de restos de ontem,
Apontem-me porque essa enorme pilha,
Trilha abismos; please aí, me contem.

Desmontem esse circo, coisa falha,
Encalha vida, corta como espada,
Nada é pior, imo cospe navalha,
Entalha a alma, feição dilacerada.

Fadada à dor, ser é solidão,
Mas a emoção é uma flor caída,
Tida chorosa numa decepção.

Ademão é inútil, nem vertida,
Ferida sara; a luz visitação,
Oração brota; treva diluída.

ღRaquel Ordonesღ   #Ordonismo
Uberlândia MG 14/09/17


quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Cordão


Cordão

É: então a costureira bate o ilhós
O retrós já se mostra bem vazio,
O fio já se foi; costurou o cós,
Voz de Maria:_ Ê botão arredio!

Desconfio: outro ilhós fora pregado
E é do lado do outro, outro; fez trio,
Enfio linha à agulha: atado,
É dobrado tecido, sem desfio.

Frio assopra na tez; arrepião,
A mão corre a esconder bem o seu dote,
É mote poeta! Ah, imaginação!

Vão entre ilhoses e ilhoses; só anote:
E vote em não encontrar o tal cordão,
Senão acaba a paisagem do decote.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG 13/09/17




segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Caixa de papelão

Caixa de papelão

Despejada, jogada ali no chão,
Sem descrição, letreiro. O que continha?
Farinha, doce, manga, macarrão?
Sabão? Quem sabe peixe na latinha?

Não tinha cheiro, nada era manchada.
Jogada no chão, tal qual um entulho.
Sem embrulho nenhum, fita: quadrada,
Só largada, quieta, sem barulho.

Mergulho-me a pensar: de que seria?
Bacia, livros, ovos ou mamão?
Pão? Talvez mortadela de fatia?

Poesia? De quem a inspiração?
Emoção do nada, ninguém copia.
Faz ventania... Vai-se o papelão.

Raquel Ordones #ordonismo
 Uberlândia MG 11/09/17


domingo, 10 de setembro de 2017

Chove você em mim

Chove você em mim

Meus muros se molham, e se encharcam,
Marcam-se nossas cores em mistura,
Estruturas pulsam, e me abarcam,
Atracam; lava toda a minha altura.

É loucura esse seu chover em mim,
Meu jardim brota, é tanto perfume,
Cardume de desejo está afim,
O seu jasmim me inunda, então me assume.

Volumes, escorrências infinitas,
Imita catarata, irrigação,
A atuação dos seus pingos me agita.

Excita-me ao extremo, volição.
Então existe esse vento, e me visita,
Levita a saia da imaginação.

Raquel Ordones - #ordonismo
Uberlândia MG 10/09/17



sábado, 9 de setembro de 2017

Apesar das barbaridades

Apesar das barbaridades

O mundo caindo íntegro lá fora,
É; agora escoamos pro seu fundo,
É profundo e doído, sim senhora!
Embora a gente finja. É tão imundo.

Inundo-me de esperas, melhor, tento,
O momento não ajuda, quase grito,
Acredito ainda. É forte o lamento,
O vento sopra contra, sinto o agito.

Negrito é a guerra com seu sangue,
É bangue-bangue, abuso em demasia,
Demagogia, tráfico, dolangue.

Langue se enrosca a cobra hipocrisia,
Alicia criança; adulto: gangue,
Desse mangue, o eufemismo poesia.

Raquel Ordones #Ordonismo
Uberlândia 09/09/17



quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Escrevi versos doentes


Escrevi versos doentes

Era carente tal vocabulário,
Armário com as traças, decadente,
Presente era passado, vil fadário,
Sem rosário, sem gládio, sem tridente.

Mente desmaia; é contexto vão,
Coração com stent numa clausura,
Sem partitura sai dó da canção,
Emoção pálida, ar era loucura.

Amargura nas letras, pés trincados,
São molhados em fungos e tão anêmicos,
Epidêmicos são saboreados.

Internados à força, tão polêmicos,
Nada eufêmicos, de eus coagulados,
Deitados, com desejos, mas abstêmicos.

Raquel Ordones  #Ordonismo 

Uberlândia MG 07/09/17




sábado, 2 de setembro de 2017

Através dos galhos e flores

Através dos galhos e flores

Abre-se uma janela; via céu,
Um véu quadriculado em janelinha,
Alinha em ar, olor, sabor de mel,
A granel a beleza na entrelinha...

Desalinha-se um cheiro, a folha e flor,
Um rumor com os galhos se roçando,
Dançando não implicando ao calor,
O amor por natureza, assim pulsando.

Olhando fico até meio sem fala,
Abala-me um encanto, uma emoção,
Criação que no meu dentro se estala.

Instala-se no cerne, admiração,
O coração gargalha e despetala,
Da sala, jaz em mim inspiração.

ღRaquel Ordonesღ #Ordonismo
Uberlândia MG 02/09/17