A mulinha
Tão pura; infante e tão feliz,
Corria nos prados, saltitante,
Elegante, empinava o nariz,
É a coisinha mais
fascinante.
Forçava as patinhas da frente,
E jogava as traseiras para traz,
Então empinava tão levemente,
Cunhada no seu espírito, a paz.
Faceira; se falasse seria prosa,
Fogosa no brincar, via as matas,
Feito pluma ela voava em patas.
Era tão delicada a cheirar a rosa,
A mulinha parecia sempre sorrir,
E jamais presumia o
seu porvir.
ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG
Soneto infiel – sem métrica
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