quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A mulinha

A mulinha

Tão pura; infante e tão feliz,
Corria nos prados, saltitante,
Elegante, empinava o nariz,
É  a coisinha mais fascinante.

Forçava as patinhas da frente,
E jogava as traseiras para traz,
Então empinava tão levemente,
Cunhada no seu espírito, a paz.

Faceira; se falasse seria prosa,
Fogosa no brincar, via as matas,
Feito pluma ela voava em patas.

Era tão delicada a cheirar a rosa,
A mulinha parecia sempre sorrir,
E jamais presumia  o seu porvir.


Raquel Ordones
Uberlândia MG 
Soneto infiel – sem métrica

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