Flor(i)ndo
Desabotoam pétalas, aberturas de fragrâncias,
Gretados, os meus eus, numa florada de loucura,
Em mim se fez primavera, tão livre às distâncias,
As ventanias, as tempestades, aos raios e alturas.
E aqui brotou, ergueu por entre mim o seu galho,
E a esperança condimenta em verde sua estadia,
Primaverou, primaverei, ínfimas gotas de orvalho,
Umedecemo-nos a dimanar gozo em carne, poesia.
Movimentos sem ventos; e pelo contato se clama,
Estação de nós, perfumes, transpiração, permuta,
Guerrilhamo-nos, nos entregamos em insana luta.
Esquentados com sol da tez, abancávamos chama,
Molhados, bocas e lábios; irrompia da alma o suor,
Arrebatamento de néctar, apenas o sentimento mor.
ღRaquel
Ordonesღ
Uberlândia MG
Soneto infiel- sem métrica
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