domingo, 26 de novembro de 2017

A mulher que roubava canetas

A mulher que roubava canetas

Ela era meio franca e muito forte,
De norte içado ‘prum’ céu brilha lua,
Na rua espinhos, dentro flor e corte,
De porte especial, verdade sua.

De nua alma, sorriso branco, pulso,
Repulso à quem chegar sem moral,
Varal delicadeza, nada impulso,
Avulso viver, modo atemporal.

É canal de amizade, zelos e arte.
Parte pétalas para as borboletas,
Violetas na tez, aqui ou até marte.

Descarte, folhas secas e obsoletas,
Roleta vida em fé, não desaparte,
Faz parte: a mulher roubava canetas.


ღRaquel Ordonesღ  #Ordonismo
Uberlândia MG - 26/11/17

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Amor não faz sofrer o coração


Amor não faz sofrer o coração

Então, se sofre há algo muito errado.
Sagrado é o amor se nele mora,
Embora longe; ás vezes calado,
Separado, ele nunca sai ou vai embora.

Sem hora o sentimento; ele é forte,
Dá norte, traz pra gente uma saudade,
Sem maldade vem; há quem não suporte,
O corte é fingir, foge a verdade.

Lealdade em sentir; e tão absoluto,
Fruto que nasce em gomo de feitiço.
Viço que em nada deve ser poluto.

Indissoluto; causa reboliço.
Postiço; o não afeto é algo bruto,
Fajuto faz sofrer e é mortiço.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG – 15/11/2017


domingo, 12 de novembro de 2017

Ré feição

Ré feição

Pincel; meu coração te delineia,
Veia, tinta, perfeito o tal painel,
Céu do teu olhar que o meu, só devaneia,
Desnorteia-me em teu rumo sem véu.

Papel pele, sensível esperneia,
Nua teia cobre-te por meu léu
Rapel, contorno; a boca que tateia,
E proseia silêncio, assim pinel.

Anel nos lábios numa paz chuleia,
Entremeia sentires  a granel,
E num tropel de cores que gorjeia.

Cheia lua, alma, pulso é corcel,
Tendel na carne, feito sol na areia,
É ceia de nós; templos e motel.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG – 11/11/2017