domingo, 12 de novembro de 2017

Ré feição

Ré feição

Pincel; meu coração te delineia,
Veia, tinta, perfeito o tal painel,
Céu do teu olhar que o meu, só devaneia,
Desnorteia-me em teu rumo sem véu.

Papel pele, sensível esperneia,
Nua teia cobre-te por meu léu
Rapel, contorno; a boca que tateia,
E proseia silêncio, assim pinel.

Anel nos lábios numa paz chuleia,
Entremeia sentires  a granel,
E num tropel de cores que gorjeia.

Cheia lua, alma, pulso é corcel,
Tendel na carne, feito sol na areia,
É ceia de nós; templos e motel.

Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG – 11/11/2017




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