Um palco
giratório vive em mim
É cedo; amarrotada em travesseiro.
Primeiro raio em sol mostra segredo,
Medo não tem;
descalça ao banheiro,
Chuveiro me demuda: extrai-me o azedo.
Dedo do
dia à cara me aponta,
Pronta? Precisa agir em outra cena,
Pequena sinto, o mundo me faz tonta,
E desmonta-me a cada instante; pena.
E serena me finjo
noutra ação.
Portão se
abre e eu tablado de jasmim,
Jardim, ora murcha, ora floração.
Então, lá fora
tantos eus; sem fim,
Em mim o palco
gira: apresentação,
No vão venho e vou,
pois sou sempre assim!
ღRaquel
Ordonesღ #ordonismo
Uberlândia MG 14/10/2017
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