Nepotismo poético
É noite; governa um quase silêncio sem instrução,
Escraviza o pensamento fazendo viagem e check in,
Ele não sabe falar e diariamente gasta a imaginação,
Usa jato de inspiração, embarca sem tempo, enfim.
A palavra
concursada quebra silêncio, e sai da boca,
A mão competente na escuta; aciona logo os dedos,
As expressões fazem grampos, delata de forma louca,
Verbos um a um se
entregam à caneta seus segredos.
O papel não deixa passar em branco e se faz tribuna,
Agora é voz, sem golpes se deixa escrever em negrito,
Ao correr de olhares secretos, é uma leitura em grito.
Inacabáveis sessões, parlamento do imo sem lacuna,
Leis do amor
cumpridas ou vive-se em própria cadeia,
Tudo de mim empregado na poesia, outrora via na veia.
ღRaquel
Ordonesღ
Uberlândia MG – 23/04/16
Soneto infiel –
sem métrica
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