Não havia música
E o sol refletia ali a minha frente, sem tom,
A borboleta foi levada por um fraco vento,
Não me agradei com a cor daquele batom,
Havia uma confusão tosca no pensamento.
Não vi partituras em quase nada, sem nota,
O meu ouvido sentia no tímpano, ausência,
Estado triste, aos olhos toda a lágrima brota,
Foi passando, em mim não há permanência.
E aprende-se muito com a coisa não tão boa,
Há pétala desbotada se o olho não soube ver,
Há desespero dentro quando se perde o crer.
E perde-se tanto sem música, coração destoa.
Conheci o silêncio que tanto me incomodou,
O rádio de mim eu liguei, minha alma dançou.
ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG – 14/04/16
Soneto infiel – sem métrica
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