Boa viagem...
E eu vivo em manutenção, em atualização,
Limpo de dentro o que pode dar problema,
E lubrifico bem a peça principal: inspiração,
Proporcionar belo voo; busco esse emblema.
Dou asas à imaginação e prefiro ser bem leve,
Deixo que o ledor viaje na poltrona da janela,
A bordo dessa turnê desconhecida se atreve,
Com turbinas silenciosas e itinerário aquarela.
Piloto aeronave poesia, tal qual uma borboleta
E faço manobras toscas para chamar a atenção,
São inofensivas, seguras; só para causa emoção.
Na pista poética iço vôos, coração é caixa preta,
Sou biruta, aterrisso-me sem turbulenta leitura,
E se for boa a viagem sou eu quem voo à altura.
ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG – 24/04/16
Soneto infiel – sem métrica
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