terça-feira, 12 de abril de 2016

Metaforicamente árvores

Metaforicamente árvores

E surgimos de uma pequena semente plantada,
Erguemo-nos dia-a-dia, fertilizante, água, sol,
Há dias difíceis, o vento judia com sua rajada,
Sorte a nossa... Para a escuridão existe o farol.

Temos ferramentas para adotar o crescimento,
Família, amigos, religião: apontam para a luz,
Há lamas fétidas nos trilhos a todo o momento,
Somos flores a divisar do barro cerne que seduz.

Suje-se com a terra de sonhos, ou, não germina,
Busque no amor, adubo mor, força para erguer,
E das gotas de chuva de carinho para florescer.

Não cobice a árvore ampla do centro na esquina,
E seja qual árvore for ainda pequena, verdadeira,
Nem forte, nem bela, alcança-se o fruto, a videira.


Raquel Ordones
Uberlândia MG – 11/04/16
Soneto infiel – sem métrica 

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