terça-feira, 18 de agosto de 2015

Telefonemas que não fiz

Telefonemas que não fiz

Foram tantas palavras guardadas, não quiseram sair,
Ou quiseram? E fui eu quem não as deixei propagar,
Tanta verdade engolida, talvez causasse o teu sorrir,
Desceu-me garganta abaixo com um gosto de chorar.

Quantas vezes peguei o telefone e não tive coragem,
Quantos sentimentos arquivados perdendo o sentido,
Quanto amor quebrando silêncio, pedindo passagem
Quanto querer; tanta saudade e tanto tempo perdido.

Quantas madrugadas me senti só e te ouvir precisava,
E quantos gritos engoli, quantos emoções eu camuflei,
Quanta coisa sentia e na hora só me vinha: Eu não sei!

Quantos anseios abortados, quanto mal me acarretava,
Quantas vezes o receio me constrangeu e eu não quis,
_Havia tanto “eu te amo” nos telefonemas que não fiz.


Raquel Ordones
Uberlândia MG 18/08/15

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