quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Não se maquia o amor

Não se maquia o amor

Se não existe amor, é inútil o seu invento,
Não há gloss algum que realce seu brilho,
É como se prendesse entre dedos, o vento,
Canção sem rima, de mau gosto estribilho.

Não há base que acoberta as deformidades,
Em um delinear cheio de vazio de um nada,
É um pó compacto que anoitece claridades,
É um rímel que borra... À cegueira fadada.

São máscaras que ofuscam toda a essência,
Blush faz-se escorrido por lágrimas quentes,
Entristece olhos a lápis preto, não atraentes.

É inacessível o salão; ou difícil permanência,
O batom reflete no espelho um falso sorriso,
Imo falso necessaire não maquia um paraíso.


Raquel Ordones
Uberlândia MG 04/08/15

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