domingo, 3 de abril de 2016

A liberdade é o que prende

A liberdade é o que prende

E a borboleta voeja não se apega a nenhuma flor,
Pousa e esvoaça, vai e volta e tem todo um jardim,
Da mesma forma a abelha em busca de um sabor,
Afronta aragem, tão forte pela essência do jasmim.

No arco-íris, pingos de chuva veem, sem o corrimão,
Raio do sol os beija, em nossos olhos: o espetáculo,
Vivem ao natural, como deve ser, com toda a razão,
E não se traem,  imutáveis, bem além de obstáculo.

E faz do zelo diário um compromisso sem cobrança,
Tal qual o vento que oscula todo e qualquer cabelo,
Inda com outro cheiro é bem vindo; tão bom ‘vê-lo’.

Sem assinaturas, sem combinação fazem-se aliança,
Harmoniosamente viável, verdadeiramente correta,
Feito a circulação de sentimentos na mente do poeta.

Raquel Ordones
Uberlândia MG – 02/04/16

Soneto infiel – sem métrica

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