quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Ingenuidade

Ingenuidade

Quando criança; achei que mãe era eterna,
Lanterna em cada dia da vida,
Mas ferida aqui dentro de mim; hiberna,
Encaderna-me sempre, não esquecida.

Quando criança, um medo de escuro,
Um muro psicológico erguido,
Destemido eu, atravessei, mas foi duro,
Asseguro: foi um tanto padecido.

Quando criança, um medo se morria,
Não podia respirar sob o chão,
E o bicho-papão era situação.

Assobio a noite, cobra atraía,
Não podia brincar com fogo e chama,
_Não reclama se faz xixi na cama!


Raquel Ordones

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