domingo, 23 de outubro de 2016

A criança que há em mim

A criança que há em mim

A criança que há em mim é um tanto travessa,
Espessa vontade, ilimitado seu sonho,
De risonho coração, que sua alma o obedeça,
E cresça em caráter, o saber lhe proponho.

E nas folhas dos livros joga amarelinha,
Em cada linha devorando guloseima,
E teima claro; pois a vida é cirandinha,
Rouba bandeirinha, pula corda e nem queima.

E sobe no galho alto estima; não escorrega,
Em cabra cega a vejo ninando a boneca,
É sapeca em sorriso e levada da breca.

E no dia-a-dia vive a brincar de pique-pega,
Esfrega a lâmpada libertando a alegria,
Faz estripulia, roda peão em poesia!


Raquel Ordones  #Ordonismo

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