segunda-feira, 21 de março de 2016

Triste(mente)

Triste(mente)

Mora em seu passado sem nenhuma perspectiva,
Fez de lá sua morada, fez para si zona de conforto,
E nada faz; sem nenhuma atitude e nada objetiva,
Simples assim, ergueu seu muro, fez seguro porto.

De olhos caídos, esbarra no amor, porém o chuta,
Não consegue avistar nada a sua volta, lamentável,
Reclama, mal diz o mundo como um ‘filho da puta’,
Então, ninguém se achega, tornou-se insuportável,

Não abre nenhuma janela, as portas só faz trancar,
Não move um sentimento de lugar, não tira poeira,
Vive no seu cercado, não conhece jardim nem feira.

É, tristemente, triste mente com mofos no pensar,
Tudo o que somos, depende da nossa chave e voz,
Conselho aponta trilho, o passo inicial parte de nós.

ღRaquel Ordonesღ
 Uberlândia MG – 13/03/16
 Soneto infiel – sem métrica

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