Pedaço de jornal
E uma convulsão no
pensamento,
A imaginação em loucos
ataques,
Eu; isenta de nenhum
argumento,
E a minha mente com
piripaques.
Olhos num abre e cerra
medonho,
E o semblante com a figura
pateta,
A boca em meia lua, jeito
risonho,
Prepara-se para dar a luz,
o poeta.
E palavras se chocam,
todas ao léu,
Encostam-se e vão se acomodando,
E o quebra-cabeça vai se
formando.
Tão sem estruturas, caneta
e papel,
O poema se pare, em parto
normal,
Com carvão num pedaço de jornal.
ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG – 27/03/16
Soneto infiel – sem
métrica
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