Ah, imaginação!
E passa pela gente provocante, e pisca, e insinua,
Bota a perna a mostra, bela silhueta de saudade,
Seios desnudos num perfume que espalha na rua,
Aparenta um ar inocente sem nenhuma maldade.
E volta ao passado, talvez querendo uma resposta,
Rebola de um canto a outro e ampliando as visões,
Dos retalhos às coxas, expõe-se e quem não gosta?
E ela provoca, provoca com gosto, tantas direções.
A imaginação perturba; refuça; faz da gente patetas,
Brincamos de cenas em meio à avalanche de desejo,
Então é esmiuçadora; escavaca até o primeiro beijo.
A imaginação e a inspiração trazem a tona os poetas,
Só eles as desnudam e as jogam com tudo em papel,
Bulinam; tocam entranhas insanas, rasga-lhe o véu.
ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG –
16/03/16
Soneto infiel –
sem métrica
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