domingo, 14 de junho de 2015

Permissões


Permissões

Era como se a flor não mais morasse no deserto,
Sentia agora o frescor do aguar daquele carinho.
Aquele calor que ardia, agora é o hálito de perto,
E a sua redondeza já consegue observar o ninho.

É como se a flor agora queimasse de tanto amor,
Os ventos secos tornaram-se brisas tão naturais.
E aquela areia que atravancava parcial o seu olor,
Simplesmente consentindo farejar áridos chacais.

Aquela flor em abraços íntimos deixou se domar,
Sorriso rubro, e dançante em sua janela debruça,
E se o inverno se faz; possui o coração carapuça.

A flor vive e não somente existe: só para lembrar,
Entrega-se a um amor e repudia seu ser solitário,
Ser venturosa revolveu-se em seu objetivo diário.

Raquel Ordones
Uberlândia MG 14/06/15


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