Coisa de pele
Transporta a tua pele para a minha em subversão.
Impregna teu olor no meu corpo, em mim se cole.
Transfira-te para meu ser em uma louca profusão
Ao toque de teus lábios me traga e me faça mole.
Ao contato da tua mão, o frisson que a alma atiça
No desalinho das pernas há uma doação fascinada
E o olhar sem caminhos para todas as partes se iça
O cerne canta uma canção que jamais fora cantada.
Os olhos abotoados e na alma desabotoa a manhã
E o vento leva ao espaço charges de todas as notas
Os passarinhos silvam uma composição de Djavan.
Investiga-te em teu ser, mas te encontrará em mim
E nesse sonho quase sentido, acordada me ofereço
Não demore a me buscar, se o fizer eu enlouqueço!
ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 23/04/13
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