quinta-feira, 19 de maio de 2016

Não há provas de amor

Não há provas de amor

E não há provas de amor, essa dissertação eu defendo,
Não há nenhuma inscrição, não se estuda para senti-lo,
Não há data agendada, nem hora, isso é certo, emendo,
Ao contrario, não há isolamento; expõe-se ao admiti-lo.

E não têm alternativas A e B quando o amor toma conta,
Nem falso e nem incorreto, múltipla escolha nem pensar,
Suas questões são objetivas, uma opção única ele aponta,
Numa linguagem clara, ainda que estrangeira versa amar.

Não se prova o amor, sente-se, a atitude vem impensada,
Conhecimentos gerais, específicos não lhe dão definições,
Se forçar amostrar-se, foge concordância e interpretações.

E nenhuma das alternativas anteriores justifica em nada.
Não se ama mais ou menos, ama-se, emoção que negrita,
E não há provas de amor, por si ele é mor, ele se gabarita.

Raquel Ordones
Uberlândia MG – 17/05/16

Soneto infiel – sem métrica

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