De “saco cheio”
Então, como sempre resolvi escrever um poema,
E usei a estrutura do soneto, porque gosto afinal,
Jamais pensei que isso me acarretasse problema,
Sem métrica e sem me prender a contagem e tal.
Dois quartetos e dois tercetos, traindo a métrica,
Batizei esse escrito com o nome de Soneto infiel,
Aparadas pontas dos versos, conteúdo e estética,
Não são letras em linhas sem nexos jogadas ao léu.
Não é tão fácil assim, mas talvez não fosse aceito,
Sabe-se que a mudança chateia o rótulo e o clichê,
E se a mente é pequena a nova roupagem não vê.
Soneto tem suas regras, mas houve o preconceito,
Coloquei um lembrete no fim para quem viesse ler,
Se poesia é livre, da forma que quiser vou escrever.
ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG – 18/05/16
Soneto infiel – sem métrica
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