domingo, 19 de julho de 2015

Sonetando-o

Sonetando-o

Era gigantemente menino, e de difícil encaixe,
até porque não era parte, tampouco era peça,
acomodava-se de jeito completo sem rebaixe,
de uma integridade enorme, admirável a beça.

Era sem padrão, díspar de qualquer pessoa,
e despadronizado tinha somente uma opção,
ser ele e justamente o que de sua alma ecoa,
sagaz de que era impregnado de imperfeição.

Tinha nos olhos e na alma a visão da poesia,
era dono de valores vistos a longa distância,
era alguém que no ínfimo via a importância.

E era tão exato nas suas imperfeições; magia,
é que o amor que exalava o fazia tão perfeito, 
é alguém que me encanta, mora aqui no peito.

ღRaquel Ordonesღ 
Uberlândia MG 17/07/15

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