Quando o podre é prato e sobremesa
Espia o pássaro negro; sem cheiro.
Sorrateiro; com barriga vazia.
Utopia talvez; mais um olheiro.
Ligeiro em voo; fome em demasia.
Espia o movimento; natureza.
Frieza; aos demais em parceria;
Porcaria empanturra: faz se a mesa;
Presa fácil; podridão; se sacia.
Espia, espia. Prato e sobremesa;
Certeza que o podre traz alegria.
Em via do pecado; culpa ilesa.
Malvadeza não; é categoria.
Agracia-se o urubu sem fineza.
Surpresa nenhuma, sorve a avaria.
Raquel Ordones – jan. / 2023
Uberlândia MG
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