E se o ser fosse humano?
Lá se vai o tempo, a gente se poli,
Engole sapos até pela tampa,
Rampa lugar que quase não se bole;
Esfole-se com desvio da trampa.
Estampa-nos esse mundo; e reflete;
Compete-nos filtrar poluição;
Erosão nos causa; baixa o topete.
Confete está cheio; doce ilusão.
Coração sangra; nos desfalecemos;
Desconhecemos o próprio irmão;
Decepção surge; e nos fortalecemos.
Revemos; somos ressignificados;
Desatados do tóxico; esquivemos,
vemos bem melhor com olhos fechados.
Raquel Ordones
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