terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Fazendo poema

Fazendo poema

O barulho não atrapalha é simples assim:
No meu jardim há calha aberta à inspiração,
Em fração de segundos eu sou uma sem fim,
 Jasmim olha a minha fecunda floração.

Sou estação poesia por onde tudo passa,
Entrelaça-me a folha seca do pretérito,
Inquérito que no meu dentro faz pirraça,
Devassa-me em presente pela veia: eférito.

Mérito não sei; sei que um turbilhão me vem,
Além dos meus eus, sinto melodia em falsete,
Macete: pego uma caneta e um tamborete.

Caguete alma, faz meu sentimento refém,
_Tudo bem, me rendo; deito tudo em papel,
O meu céu a estrelar poema, sem nenhum véu.

Raquel Ordones #Ordonismo
Uberlândia MG 

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