O jardineiro me confessou:
Que no jardim a gente respira com alma descalça,
Calça-se em terra a unha num refuçar sem fim,
Assim, a vida interior no silêncio da noite; realça,
Em valsa dançam: os verdes e os coloridos; sim.
Enfim, a pedra é imperante, um monumento frio,
O brio do nosso dentro perante uma flor se cala,
Estala a sementinha em barulho de vida qual rio,
No cio fica ereto o galho roçando em outra ala.
Abala o vento, mas a borboleta se faz tão forte,
Do norte da lagartinha ela vem fazer o seu show,
Em cada gol das bolinhas da joaninha em voo!
Entoo uma canção de vida, o cuidado é sua sorte,
O corte faz crescer, não se tem o formato primeiro,
Em canteiro me florejei ao confessar-me o jardineiro.
ღRaquel
Ordonesღ
#Ordonismo
Uberlândia MG
Soneto infiel -
sem métrica
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