Estranheza
Com certeza em mim algo diferente,
Minha alma sente enfim essa nobreza
Trauma sem fim de agudeza, atraente,
A mente bate palmas com leveza.
Louco sentimento liquefaz,
Há vento na minha paz e não é pouco,
Sem oco aninha de jeito voraz,
E em cartaz o peito não é mouco.
Folhas que se reviram e tão leves,
São ultraleves de eus que viram bolhas,
Num perene se atreve sem escolhas.
Alheio é esse sentir e nada breve,
Deve residir-me; meio, profundeza,
Seu desvelo veio, sou só estranheza.
ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG – 04/07/16
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