quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Visceral

Visceral

Há uma fome que engole
O gosto de carne rasgada
Por  todo o corpo se bole
A pele na outra esmagada.

O fogo que arde, entranha.
Cio que se promulga, grito.
Vontade que a tez arranha
Suor e perfume em atrito.

Há um lacre que é violado
O movimento sem sossego
Um tanto animal, labrego.

Um ir e vir e estar deitado.
Um galopar que esbraseia
Escorre da alma e da veia.

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 02/10/14


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