domingo, 26 de outubro de 2014

Casa mal-assombrada

Casa mal-assombrada

De repente percebi tantos morcegos;
Vi sombras que pareciam vir do além.
Vi espectros soltos sem serem pegos,
Coisa que importuna e muito aquém.

Senti cadeiras se virarem contra mim
E vi janela que escancarava e sozinha,
Assisti as portas gargalhando carmim
Escutei voz que não sei de onde vinha.

Em casa mal-assombrada quase me fiz
Por aceitar em mim o que amedronta,
Tanta gente sinistra que me fazia tonta.

Limpei sótãos e porões, assim eu quis.
Arregacei mangas; tirei poeira funesta,
Alma limpa: ninguém se mete a besta.

Raquel Ordones
Uberlândia MG 26/10/14


Um comentário:

  1. Ah Raquel, preciso limpar os sótãos e porões!!! rs...

    Gosto de ler vc!!

    Beijos e linda semana!^^

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