terça-feira, 26 de novembro de 2024

Poes(IA)

Vi a poesia lagrimando num cantinho,

e devagarinho me sentei ao seu lado.

Grilado meu ser continuou ali quietinho.

Desalinho na letra de verso truncado.

 

Abalado som; e pela alma um friozinho,

o ninho desfeito, com aspecto gelado.

Sequelado meu coração lhe deu carinho,

e rapidinho aqueceu seu olhar embaçado.

 

-Obrigado pelo afago, disse um versinho.

Coitadinho dos outros versos; nenhum brado!

Ajeitado em mim; contou-me todo o seu espinho:

 

Todinho em IA; sem emoção poemado;

fui copiado de um mundo tão sem vizinho.

Vinho, amor, flores, tesão; tudo chacinado.

 

Raquel Ordones #ordonismo #raqueleie

 

Talvez o legítimo poeta entre para a lista de extinção; IA não tem coração.

 

 

 

 

 

 

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