sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Um borralho, por favor!


Um borralho, por favor!

Orvalho sublimou, já é inverno.
Caderno é de versos; em frangalho.
Ralho com o tal vento; um frio externo.
Alterno: edredom, colcha de retalho.

Falho; a janela aberta; mas que inferno!
Terno o canto do pássaro no galho.
Espalho meu jornal; fato hodierno,
Consterno com o preço; aumento do alho.

Fornalho o moletom; então me hiberno.
Encaderno-me as meias: agasalho.
Calho na minha cama num eterno.

Moderno é meu móvel; e me esgalho.
Carvalho é madeira, estação verno
Baderno no lençol. _Sair o caralho!

Raquel Ordones #ordonismo

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