quinta-feira, 9 de julho de 2020

Parnassus Contemporâneo


Parnassus Contemporâneo

Chapéu negro; de costas é tão bela.
Tela no cabelo e no dedo, anel.
Pitéu;mas quando se vira : congela.
Pela um medo; que horror, coisa pinel!

Véu na alma, e pelos olhos a remela.
Mela o nariz e manca em seu tropel.
mundaréu de caras, boca banguela.
Apela em feiura e ganha troféu.

Céu de maldade, nuvem de mazela.
atrela  frisson, bizarro painel.
cruel é seu jeito, em nada singela.

Anela o mal, em volta fogaréu.
Fel e pesadelo  Vênus cruela,
flagela o sonho; de Zeus é um réu.

Raquel Ordones #ordonismo

Nenhum comentário:

Postar um comentário