Entre carros, escarros e
cigarros...
No meio do dia, um cansaço
aconchegante de missão cumprida no trabalho.
Pela rua de abaixo seguiu,
mas nem chegava a ser um atalho, poucas pessoas por ali, num sábado de antevéspera
de fim de ano. Uma árvore dançando ao som do vento, um mendigo deitado num
canto, nem viu lamento.
Um senhorzinho com
bengalas, andar quase parado, cospe no chão.
Um portão eletrônico se
abriu, um carro saiu com uma jovem senhora no volante, do lado, no banco do
passageiro seu cãozinho de estimação aguardando o vento na cara. Carinha de
feliz...
Casas, casas, lojas,
lojas, mais casas, prédios, carros...
Mais alguns passos chegou
ao ponto do ônibus, não muito vazio.
De repente um ônibus
articulado, vulgo minhocão encostou; não era o que fazia a linha da sua casa.
Formou-se uma fila na
porta, gente de todos os tipos, tantas conversas... Abriu-se a porta, meio que
engoliu todos, fechou-se e partiu.
O ponto ficou deserto,
foi-se aquele aglomerado de gente maluca...
Assentou-se ali num banco,
tudo calmo... Alguém deixou pra trás a bituca.
Raquel Ordones
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