quinta-feira, 6 de abril de 2017

Poema corp(o)ral

Poema corp(O)ral

Rodapé, cabeçalho, pés, cabelos,
Os novelos em cachos; passos, fé,
Pontapé no descuido, apenas zelos,
Desvelos, olor, meias e chalé.

Café desperta, mente é sadia,
Poesia a se jogar sem corrimão,
Na mão força, no verbo bruxaria,
Sinestesia no cheiro da visão.

Ação no corpo rege; é desejo,
É lampejo lascivo; funde a cuca,
Maluca sensação que pede beijo.

Sobejos arrepios vindos da nuca,
Muvuca, na pele marca o ensejo,
Gracejo de menina, ora caduca.


Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG 

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