segunda-feira, 3 de abril de 2017

Era outra vez...


Era outra vez...

Tinha uma formiguinha na parede,
Sua rede estendeu; olhando a pia,
Ria às vezes, tinha fome e sede,
Vede, andava distante, mas sem guia.

Fugia muitas vezes, queria estar só,
Cipó na cortina fazia aventura,
 Rapadura roía; deixa em pó,
Nó no saco de açúcar, que doçura!

Loucura era viver naquele espaço,
Pedaço pequeno caiu lhe a ficha,
Em rixa antiga, sem nenhum abraço.

Descompasso diário, vida micha,
A bicha olhuda atenta no seu passo,
 Baço à vista, a branca lagartixa.


Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG – 

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