Esvazia desejo; alma vazia
E do corpo germina um sobressalto,
No alto a flor da pele num arrepio,
Um frio, um quente; às vezes eu me falto,
Pauto, o meu desgoverno é vadio.
Um sadio sentir de um querer insano,
Pano que se desveste, cai cortina,
Libertina alma, poros oceano,
Profano abalo, num rir de retina.
Rotina adeus, na tez a latência,
Essência; golfa aroma e é notável,
É amável e estúpida a carência.
A demência sem nexo, ora palpável,
Consolável a carne varre ardência,
Prepotência, a alma não é masturbável.
ღRaquel Ordonesღ #ordonismo
Uberlândia MG
Como é bom ler teus belos sonetos.
ResponderExcluirOi Raquel, gostei da abordagem do tem.
ResponderExcluirSutil mas direto ao mesmo tempo.
Amado Jorge.
Beijo e Até mais!