sábado, 3 de setembro de 2016

Cinderela moderna

Cinderela moderna

Espia lá fora na brecha do casulo,
E num pulo se joga de novo na cama,
Reclama se há chuvas, adjetivo chulo,
Cúmulo; se há respingo no cabelo; inflama.

E prendada não é, pela ausência de coragem,
Sua bagagem não a credencia boa esposa,
Na lousa do celular descalça viagem,
De imagem notívaga, tal qual mariposa.

Castelos de ‘likes’, suspensa construção,
E a sua educação fica um tanto aquém,
Desdém do respeito e da atitude também.

Cinderela; sem a generalização,
Rotação edifica, fica, sei lá, meio boba,
_Oba, meu príncipe vem montado na @!

Raquel Ordones

Uberlândia MG 25/08/16

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