Quero morrer num dia de chuva
Quando meu corpo se desprender desse solo,
Não terei a menor noção qual será o destino,
E pouco me importa, além disso, outro colo,
De nada mais me servirá. Meu cerne supino.
Quero morrer num dia de chuva, feito mágica,
Talvez minh’alma brote por ai em cada chover,
Sei que apesar de tudo a morte é assim trágica,
É inevitável; contraria
universalmente o viver.
Talvez eu fique chuviscando nalgum coração,
Nas lembranças boas, até mesmo na saudade,
Adubei minha semente; lancei-a com verdade.
Quero cerrar os meus olhos ouvindo a canção,
Das gotas sentir o aroma, beijá-las em fantasia,
Feito chuva irei, sentiras-me; jazerei na poesia.
ღRaquel
Ordonesღ
Uberlândia MG 23/10/15
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