quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Intimamente

Intimamente

É que o desejo grita pela tez,
Procedente do poro do cerne.
E se repete, uma e outra vez,
Nada faz com que se hiberne.

No silêncio meu eu te precisa,
Como a flor necessita de água.
É que estar deserta me ojeriza,
E minha areia, desejo deságua.

Em sonhos uma brasa apavora.
O ansiar absurdo me consome.
Farragem de sede com a fome.

Querer que toda a alma devora.
Veste-me, despe-me... Apenas.
Insanas tempestades e serenas.

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG  06/11/2014


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