sábado, 10 de agosto de 2013

Pai

Pai

Saudades daqueles tempos, das tarde lá na fazenda
Do campear do rebanho, do atirar milho as galinhas
Dos porcos lá no chiqueiro do cercado e  sua fenda
Do verme inserido no anzol atados a varas e linhas!

Da noite de shows, estrelada pelo negro e pela lua
Do coaxar do sapo no brejo, dos grilos cricrilando
E das estradas empoeiradas, não conhecíamos rua
Tudo me faz lembrar o senhor, ainda hoje pensando!

A roupa para ir à missa, o sapato, até tinha gravata
Acordava na madrugada, pois o batente o esperava
Não tinha desculpas com sol, com chuva trabalhava!

Coautor da minha existência, presença, afeto e calor
Disciplina, princípio sem se importar com aparências
E partiu, agora tenho que conviver com reticências.

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 10/08/13


Nenhum comentário:

Postar um comentário