sexta-feira, 12 de novembro de 2010

SAPATO DE VERNIZ

Sapato de verniz

Ouvi o bater na porta, caminhei e fui abrir
Rosa e perfume surgiram em minha frente
Por detrás delas, eu vi o seu perfeito sorrir
Lindos pensamentos varreram minha mente

Jogada naquele lençol, macio como algodão
O perfume de lavanda, baralhando se à pele
O palpitar célere e desordenado do coração
Sua figura de pé, não existe quem não gele!

Um beijo, as mãos pelo corpo a escorregar
Um gemido, um arrepiar, e roupas no chão
Gostos, cheiros, e desatinos soltos pelo ar!

Debruçados no extermínio dessa saudade
Com lençóis alvos e amassados, sou feliz
Inerte, coberta com meu sapato de verniz!

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 09/11/10


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