sexta-feira, 12 de novembro de 2010

DEMÊNCIA SÃ


Demência sã

Quero ser a louca mais sensível
Estampar na minha cara, o fato
Quero dizer a verdade indizível
Jamais ser para o mundo, boato.

Embebedar-me de sentimentos
E sejam vistos como mordazes
Que abocanhem até os ventos
Não tolerar que sejam fugazes.

Quero libertar-me; até de mim
Dizer o que deve ser dito: então
Espaçar a grade cega do coração!

Anseio voar, guardar seu segredo
Chorar baixinho e o medo engolir
Mesmo que me apontem o dedo!

ღRaquel Ordonesღ
Uberlândia MG 04/11/10

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