domingo, 7 de junho de 2020

A alma descora


A alma descora

Hora lenta; hora pesada em sua era.
Espera, enquanto a liberdade chora.
Agora o tempo introspectivo opera.
Gera desconforto, o voar implora.

Embora a sala feche: coopera.
Empodera o boletim vermelho, ora.
Demora resolução; achaque impera.
Exagera às vezes; e apavora.

Espora em carne, fraqueza severa.
Adultera a vida, caída escora.
Decora o invisível; somos quirera.

Quimera afundar num banho de outrora.
Cora em febre, a dor morde, dilacera.
Tapera  a alma; que aos poucos descora.

Raquel Ordones #ordonismo

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