sábado, 29 de fevereiro de 2020

Vadia


Vadia
 
Poesia, toda a noite provoca,
Boca numa intimidade; ousadia,
Arrepia todo estro quando o toca.
Sufoca tanto e do bardo judia.
 
Covardia, no cerne ela se aloca,
Convoca o querer; o corpo irradia.
Surrupia a noção, não se equivoca.
Soca aquela saudade em estadia.
 
Vadia, o pensamento ela bulina.
Declina o poeta, e nua, o desnuda.
_Tesuda de sopros essa menina!
 
Empina; dos dedos tem uma ajuda,
Aguda; papel, pena; adrenalina.
Sina: ejacula e para ode demuda.
 
Raquel Ordones #ordonismo
Uberlândia MG – 29/02/2020

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