domingo, 25 de março de 2018

Um soneto para Camões


Um soneto para Camões


Poeta nacional, vindo de Lisboa,
Acolchoa seu saber à literatura,
Figura em moldes clássicos, estro ressoa,
Entoa em boemia, voar pela altura.

Censura-se seu afeto; plebeia e nobreza,
Acesa vida, rodeada turbulência,
Essência aponta seu lápis, delicadeza,
Realeza em versar, motins em evidência.

Vivência conturbada; ferida e prisão,
Coração frustrado em serviço militar,
e seu olhar se apaga na perda da visão.

Pois então, os lusíadas... Veio a publicar,
O seu externar valioso era alto padrão,
Com pensão miserável, ‘no céu’ foi morar.

ღRaquel Ordonesღ #ordonismo
Uberlândia MG – 25/03/2018



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