Escrevendo como poeta
(Hediondo)
Ela, loira de ipês em ventania,
A poesia na alma, escrita preta,
Violeta usa, ponto de cruz fia,
Alegria vai, fraca borboleta.
Greta íntima, vê a rachadura,
A loucura talhou com seu punhal,
Fatal solidão, força sepultura,
Há agrura chovendo no varal.
No umbral da frente é a planta morta,
Porta semicerrada vem mau cheiro,
Bueiros, demolição, que o imo transporta.
Exorta dores, folhas no terreiro,
Derradeiro suspiro, não se importa,
Corta o coração, perde amor primeiro.
ღRaquel
Ordonesღ
#ordonismo
Uberlândia MG – 04/08/2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário