Memórias
mal-assombradas
No sótão da alma, são tantas as poeiras,
Leiras de espinhos abrem as gavetas,
Nas gretas do
assoalho tem ratoeiras,
Nas beiras da vão
não tem borboletas.
Caretas do passado
não passam,
Pirraçam! _Buuu!
São de venetas,
Tão xeretas lembranças nos laçam,
Amordaçam-nos,
são quase capetas.
Piruetas e sustos
no porão,
No coração
arrastam tantas correntes,
Ambientes
penumbras de ilusão,
O casarão de nós requer presente,
Em candente sol, ar, renovação,
A solidão
e rancor assombram mente.
ღRaquel Ordonesღ #ordonismo
Uberlândia MG – 08/07/2017
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